Teus passos infantis eu sigo em meu fadário, vivendo aqui em teus braços, pensando em suavizar, na estrada do calvário, os Teus últimos passos!...Pequena Via e Santidade!

-Santa Terezinha-

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Dentes de leite"


Escrevia em 1915 um missionário: Uma orfãzinha do orfanato de Trichinopoli, que poderia ter dois palmos de altura, veio um dia suplicar-me que a admitisse à Primeira Comunhão.
- Que idade tens? Perguntei-lhe.
- Ah! Isso não sei!
Recolhida de lugar desconhecido, não pode saber quantos anos tem; nem as Irmãs o puderam descobrir.
- Mostra-me os dentes - disse.
Com um sorriso gracioso descobre a inocentinha duas filas de alvíssimos dentinhos.
- Oh! exclamei; os teus dentes de leite dizem-me que não tens nem sete anos. Portanto, este ano não farás a Primeira Comunhão.
Meu Deus, quem o acreditaria? tendo ouvido aquelas palavras, a menina, sem dizer a ninguém, corre ao quintal, toma uma pedra e, intrepidamente, faz saltar da boca todos os dentinhos. Depois, com a boca ensanguentada, mas com ar de Triunfo, volta e diz-me:
- Padre, eu não tenho mais nenhum dente de leite. Dai-me, oh! dai-me Jesus! Eu o quero muito bem!...
Chorando de comoção - diz o missionário - tomei-a em meus braços e segredei-lhe ao ouvido:
- Filha, amanhã te darei Jesus.
- Sim, não podia deixar de atendê-la.

(Tesouro de Exemplos, página 37)

"Tende misericórdia de nós e do mundo inteiro". 31/10/2010

Só o bom Deus sabe o que poderá acontecer com o Brasil.

Mãezinha do céu, livrai-nos desses comunistas!

sábado, 16 de outubro de 2010

"Mortificações"

Que tipos de mortificação são necessários para podermos ser “almas de oração”? Penso que podem resumir-se, mas irei colocar algumas mais necessárias, que fazendo esses, o resto irão conseguir fazer.

1º) A mortificação externa, a da ordem e pontualidade na oração. Já vimos, em outras meditações, como é importante ter uma hora e um lugar fixos para a oração (meditação, terço, etc.), e observá-los, mesmo que não tenhamos vontade nem facilidade (só deixá-los se há “impossibilidade”).
«É preciso vencer – diz São Josemaria – a poltronaria, o falso critério de que a oração pode esperar. Não adiemos nunca essa fonte de graças para amanhã. O tempo oportuno é agora».

2º) A mortificação física da gula. Não faça essa cara de estranheza. Sim, gula e oração têm muito a ver, como ensinavam os cristãos dos primeiros séculos. Comer demais, além de fazer mal ao corpo, enfraquece a alma e a torna “pesada”. No século V, o abade João Cassiano, grande mestre da oração, escrevia: «O primeiro combate que devemos empreender é contra o espírito de gula. A abstinência corporal não tem outra razão de ser senão conduzir-nos à pureza do coração».
Doze séculos mais tarde, o famoso padre Manuel Bernardes perguntava: «Sendo certo que o primeiro passo da vida espiritual é sair-se da cozinha e despensa, que progressos espirituais suporemos ter feito quem tiver o coração na cozinha e despensa?».

3º) A mortificação da imaginação. Já nos referimos a ela ao tratar do recolhimento interior. Não podemos ter a imaginação à solta, ao longo do dia. Dizem que Santa Teresa de Ávila a chamava a “louca da casa”, o que é uma grande verdade; quem não se acostuma a mortificar devaneios à toa, filminhos mentais sem substância, depois, quando chega a hora da oração, sofre o bombardeio das distrações: a imaginação solta as suas “bombas de fumaça” e não nos deixa fixar a mente e o coração em Deus.

4º) A mortificação que purifica. São Josemaria compara a nossa alma a um «pássaro que ainda tem as asas empastadas de lama», e comenta que são necessários «muito calor do Céu [graça de Deus] e esforços pessoais pequenos e constantes [mortificações], para arrancar esse barro pegajoso das asas» (Caminho, n.991).
Purificam-nos as mortificações que vão vencendo, pouco a pouco, a lama dos defeitos: a sensualidade, a impaciência, a preguiça, a vontade de ficar mais tempo na cama, a desordem, o mau humor, a passividade perante os problemas dos outros… «Urge que os cristãos – diz o mesmo santo – se convençam desta realidade: não caminhamos junto do Senhor quando não sabemos privar-nos espontaneamente de tantas coisas que o capricho, a vaidade, a vida cômoda, o interesse nos reclamam».
E também as mortificações (e os sofrimentos), que oferecemos a Deus como penitência, para purificar e reparar os nossos pecados: mais um tempo de oração de joelhos, um pequeno jejum, a visita a uma igreja em dia de semana…; e as dores e doenças físicas, os padecimentos morais, as frustrações que nos fazem sofrer, etc. “Tudo isso para ti, Senhor, unido à tua Cruz, para purificar a minha alma pecadora”.

5º) Finalmente, as mortificações necessárias para cumprir a Vontade de Deus. A própria oração nos faz ver, quase sempre, o que Deus quer de nós (voltaremos a esse assunto em outra meditação). Para dizer-lhe “sim”, teremos que dizer “não” a algum gosto, plano ou prazer pessoal. Por exemplo, para não deixar de ir à Missa aos domingos. Ou para participar de um apostolado ou de um trabalho social em favor dos necessitados. Ou para ficar em casa à disposição dos que precisam do nosso serviço. São coisas que Deus nos pede. As mortificações que elas exigem são as pontes por onde passa o amor. Do outro lado da ponte da mortificação, feita com amor a Deus e ao próximo, estão os braços e o coração aberto de Cristo Jesus. E, com ele, está a alegria.

(Fonte: http://www.padrefaus.org/?p=669)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Como é uma educação liturgicamente cristã?"


Chama-se Liturgia o culto oficial da Igreja nos seus ritos, nas suas fórmulas, nos seus cânticos. Tem um sentido litúrgico quem compreende este culto e quer tomar parte nele. Importa muitíssimo orientar, bem cedo, as crianças nas formas de devoção seguidas pela Igreja. Numa palavra, é necessário educá-las para a compreensão e participação litúrgica.

Note-se a mãe uma verdade: há na alma infantil um eco para as cerimônias e devoções litúrgicas. Cuide de aproveitá-lo sabiamente. Aqui terá a leitora umas normas largamente traçadas.

A primeira inicação - Um dia o nenêzinho descobre no seu quarto o Crucificado. A mãe lhe disse: É Jesus, filhinho! Ele o repete. Passa depois a lhe dar bom-dia e boa-noite, a lhe atirar beijinhos. Mais tarde o ensina a dizer: perdão, Jesus; não faço mais, quando fez artes, foi manhoso, etc. Vem o sinal da cruz, vem a Mãe do Céu. É bom que a criança veja a mamãe rezando, toda série. Essa seriedade a impressiona, arrasta-a à imitação.

O Natal com o presépio - Não sefala à criança nessa coisa tola e inexpressiva de Papai Noel. Fale-se-lhe singelamente: "Filho, amanhã é aniversário do nascimento do Menino Deus; foi nesse dia que ele veio ao mundo para trazer alegria para todos". Os presentes sejam motivados por essa alegria. Nós temos o presépio tão instrutivo e atraente para a criança. Para que substituí-lo por uma árvore toda cheia de luzes e presentes, mas sem a poesia dos pastores e carneirinhos, da gruta e de seu boizinho, ao lado da caminha tão pobre do Menino Deus? Como tudo isso enche a alma infantil de poesia e encanto! Aos pés do recém-nascido irá a criança depor seus brinquedos, como presentes ao Menino Deus. Este, por sua vez, mandará a mãe devolvê-los à criança. Já o coração infantil se abriu para o desprendimento.

Enquanto está erguido o presépio, continuam as lições que a mãe dá ao filhinho, contando-lhe a história do nascimento de Jesus, a visita dos pastores, da chegada dos Reis Magos, etc. Depois desarma-se o presépio e eis chegado, dentro de poucas semanas, o

Tempo da Quaresma - A criança vai tomar cinza, já ensinada pela mãe do que se trata. Durante a quaresma ela ouvirá a hstória da paixão de Nosso Senhor, será exercitada em fazer suas pequenas renúncias. Sobretudo a mãe tratará de despertar na alma infantil uma viva compaixão perante os sofrimentos do Salvador. Um domingo - o de ramos - marca o começo de uma semana mais séria, mais quieta, toda cheia de visitas à igreja, de comunhões, de acompanhamento de procissões. Quantos dias cheios de aulas práticas para o coração da criança!

Na igreja, a mãe lhe explica o que significa o altar, a lâmpada, a pia de batismo, o púlpito, o confessionário. Diz-lhe por que o vigário se veste diferente dos outros quando celebra a Santa Missa ...

Tempo de Pentecostes e Advento - Vem aí a missão do Espírito Santo, dando ensejo de preparar a criança para o sacramento da crisma. Aparecem as festas de Nossa Senhora, cada uma trazendo o colorido de um fato de sua vida. Passam as festas dos apóstolos - dos chefes da Igreja - favorecendo lições de amor ao sucessor dos apóstolos, ao Papa, em Roma.

Quanta oportunidade para uma mãe esclarecida ir ensinando e formando a alma do filhinho ou do filho já crescido e irriquieto! Quanta razão para dele exigir sacrifícios, pureza e fé!

Os quadros dos santos, as cenas dos Livros Santos são verdadeiros tesouros para a cristã que quer formar um cristão. A criança aprecia tanto as figuras; quer saber de todas as minúcias do quadro e deve receber resposta.

(Blog Educação Cristã e Família, As três chamas do Lar, Pe. Geraldo Pires de Souza, pp.232-4)



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Marie Françoise Thérèse Martin - Thérèse de l'Enfant Jesus et de Sainte Face"

"Passarei meu céu, fazendo o bem na terra"

"Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!" "Agora compreendo que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se admirar de suas fraquezas, em edificar-se com os mínimos atos de virtude que se lhes veja praticar; antes de tudo aprendi que a caridade não deve ficar estanque no fundo do coração"

Te amo, Terezinha!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Natividade de Nossa Senhora"



"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que d’Ela nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce paraSenhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, paraSenhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus"


Padre Antônio Vieira, sj


(Sermão do Nascimento da Mãe de Deus)

sábado, 11 de setembro de 2010

"Nellie Organ: A pequenina de Jesus Sacramentado"


Faleceu com 4 anos e 5 meses. A sua curta vida foi marcada pela precoce devoção ao Santíssimo Sacramento que ela chamava de seu “Deus Santo”. Nascida numa região profundamente católica da Irlanda (Cork), perdeu muito cedo a sua mãe. O pai decidiu, então, confiar a sua educação às Irmãs do Bom Pastor, suas vizinhas. Esse novo ambiente favorecerá a vivência da sua fé.

Porém, depois de uma queda, Nellie ficou gravemente doente, tornando-se o mal irreversível.

Impressionava as irmãs e restante comunidade pelo seu misterioso instinto que a atraía para o Santíssimo exposto e pela paixão de Cristo. Possuía uma inteligência de fé incomum na sua idade.

Nos 9 meses em que esteve na instituição, o seu desejo de receber a sagrada comunhão foi crescendo. Ora esta era raramente concedida a crianças com menos de 12/13 anos. Um sacerdote, tocado pelo seu amor à eucaristia deu o seu parecer favorável, para a grande felicidade de Nellie. A comunhão frequente tornou-se para ela fonte de coragem e aceitação para enfrentar o sofrimento crescente, ficando mergulhada em acção de graças durante várias horas.

Esta criança prodígio viria a falecer a 2 de Fevereiro de 1908.

O seu exemplo sensibilizou decisivamente o papa Pio X que, meses depois, decretou a possibilidade das crianças comungarem.



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Beata Maria de Jesus Crucificado"

"Frases dos Papas"

"Lançai fora a ímpia e funesta opinião de que, em qualquer religião, é possível chegar ao caminho da salvação eterna."

Papa Beato Pio IX

Lembranças de um dos atos mais sinceros e puros que existe: o de brincar"


Na minha fantástica experiência cinematográfica Toy Story, finalizar com o terceiro longa-metragem e o lançamento do ano é como se eu tivesse crescido como Andy a cada sessão desta animação e, agora, tenho que doar Buzz, Woody, Jessie e toda a trupe para uma outra criança, mostrar a ela o quanto os brinquedos são companheiros inseparáveis da infância e como eles permanecem guardados em um lugar especial e íntimo da memória que, a qualquer momento na maturidade, pode aflorar as nostálgicas lembranças de um dos atos mais sinceros e puros que existem: o de brincar. Memórias que são preciosas, ternas, sempre maternas ou paternas porque brinquedos são muito mais do que irmãos, são os primeiros filhos da humanidade, dos quais queremos amar e cuidar, de todo o coração e sob os olhos vigilantes de que ninguém os faça mal, afinal são os nossos brinquedos. A cada filme, uma lição de vida para toda a vida e a certeza de que, por mais que a gente cresça e se fortaleça como adultos, há uma fragilidade melancólica de querer voltar à infância e simplesmente brincar de ser criança, abraçar aquele saudoso brinquedo amigo, de imensurável valor, e com ele, ser feliz por alguns minutos, em um misto de segura inocência e impetuosa imaginação, livre dos males deste mundo.

De fato os nossos brinquedos fazem/fizeram parte de nossas vidas. E os santos, antes de tudo, também foram crianças, e consequentemente, tiveram seus brinquedos e depositaram neles um pouco de todo amor infantil. Brincar é um meio muito saudável e eficaz de educar uma criança, pois é aí que a criança começa a sentir a realidade, e a transmitir para seu brinquedo a forma como ela mesma é educada, se recebe dos pais muito amor e carinho, irá passar para os brinquedos grande afeto e ternura também, se não, irá transmitir para eles grande raiva e desamor, nesses casos é bom mesmo que os bonecos não tenham vida como em Toy Story!! Vocês devem estar se perguntado “O que é que isso tem a ver com santidade”?. TUDO! Os maiores santos souberam brincar como nunca, e  boa parte do "amar os outros" derivou-se desse amor criança/brinquedo/brincadeiras. Vamos ao que interessa. Aqui embaixo selecionei algumas histórias de santos e grandes personalidades da igreja e seus adoráveis brinquedos e diversões:

Beata Elizabeth da Trindade: “Uma das histórias mais engraçadas”

Desde menina distinguiu-se por seu temperamento apaixonado, um tanto agressivo, mas por outro lado marcado por uma agradável sensibilidade. Sua mãe conta: “Quando tinha um ano, já se manifestava a sua natureza ardente e colérica… Foi pregada uma missão durante a nossa estadia devendo terminar com a bênção das crianças. Uma religiosa veio-me pedir uma boneca para representar o Menino Jesus, no presépio, devendo vestir-se com um traje cheio de estrelas douradas e irreconhecíveis aos olhos da menina. Levei-a a cerimônia. A criança esteve distraída com as pessoas que chegavam, mas quando o prior do alto do púlpito anunciou a Bênção, Elisabeth deitou um olhar sobre o presépio e reconheceu a boneca e, num ímpeto de cólera, com o olhar furioso, exclamou: ‘Jeanette! Dêem-me a minha boneca!” A criada teve de levá-la no meio duma risada geral. “Esta natureza ardente e colérica cada vez mais se acentuou…” (RB 1,2-3).

Santa Terezinha do Menino Jesus: “O brinquedo de Jesus”

"Eu sou a bolinha do Menino Jesus; se ele quiser quebrar seu brinquedo ele é livre; sim, quero tudo que ele quiser". (CT 36)

“Fora Rosinha, que me tinha dado a galinha de presente, e o galo eu dei a Celina. Gostavam bastante de brincar com eles”


Dom Hélder Câmara: “Já brincava de padre”

Brincava de padre, de rezar sua missa num altar improvisado com um retrato de santo em cima de uma caixa de sapato sobre uma cadeira. Mas ele brincava de padre com muito respeito.

domingo, 22 de agosto de 2010

"Cartas de uma santinha - Parte - II"



Para Maria.
10-17 de junho de 1877

Minha querida Mariazinha

Abraço-a com todo meu coração, e Paulina também.

                                                     Teresa.
(Obras completas de Santa Terezinha, Carta 3, 1877)


Teresa nessas cartas escrevia, porque suas irmãs estavam escrevendo para Maria(irmã mais velha de Teresa) que estava no internato, ou seja, na Visitação. Ela gosta muito de usar os diminutivos, grande parte por ser criança, claro, mas também por ela ser envolta de uma grande ternura e afeto, que se estende durante toda sua vida. 


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Dilma não vai a debate de rede de emissoras católicas"

A candidata petista Dilma Rousseff comunicou oficialmente nesta quarta-feira (18) que não vai ao próximo debate com os candidatos à presidência da República na TV Canção Nova e Rede Aparecida. A ex-ministra da Casa Civil alegou dificuldade em conciliar sua agenda no período eleitoral.

O debate acontece na próxima terça-feira (23), às 22h. Os candidatos Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol) estão confirmados. Todos os representantes dos candidatos participaram da reunião das regras e se comprometeram em participar do evento.

Segundo nota divulgada pela rede de emissoras católicas, Dilma ligou ao presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora da TV Canção Nova, Wellington Silva Jardim, pedindo desculpas e a compreensão de todos por sua ausência.

Começa assim....¬¬' 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Sermão da Sexagésima, Pe. Antônio Vieira"


Jesuíta, orador religioso e escritor português (1608-1697).

[...]

Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há-de haver três concursos: há-de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz.

Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, e necessária luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento.

Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus? Primeiramente, por parte de Deus, não falta nem pode faltar. Esta proposição é de fé, definida no Concílio Tridentino, e no nosso Evangelho a temos. Do trigo que deitou à terra o semeador, uma parte se logrou e três se perderam. E porque se perderam estas três?

– A primeira perdeu-se, porque a afogaram os espinhos; a segunda, porque a secaram as pedras; a terceira, porque a pisaram os homens e a comeram as aves. Isto é o que diz Cristo; mas notai o que não diz. Não diz que parte alguma daquele trigo se perdesse por causa do sol ou da chuva. A causa por que ordinariamente se perdem as sementeiras, é pela desigualdade e pela intemperança dos tempos, ou porque falta ou sobeja a chuva, ou porque falta ou sobeja o sol. Pois porque não introduz Cristo na parábola do Evangelho algum trigo que se perdesse por causa do sol ou da chuva? – Porque o sol e a chuva são as influências da parte do Céu, e deixar de frutificar a semente da palavra de Deus, nunca é por falta do Céu, sempre é por culpa nossa. Deixará de frutificar a sementeira, ou pelo embaraço dos espinhos, ou pela dureza das pedras, ou pelos descaminhos dos caminhos; mas por falta das influências do Céu, isso nunca é nem pode ser. Sempre Deus está pronto da sua parte, com o sol para aquentar e com a chuva para regar; com o sol para alumiar e com a chuva para amolecer, se os nossos corações quiserem.Se Deus dá o seu sol e a sua chuva aos bons e aos maus; aos maus que se quiserem fazer bons, como a negará?

Este ponto é tão claro que não há para que nos determos em mais prova. Sendo, pois, certo que a palavra divina não deixa de frutificar por parte de Deus, segue-se que ou é por falta do pregador ou por falta dos ouvintes. Por qual será? Os pregadores deitam a culpa aos ouvintes, mas não é assim. Se fora por parte dos ouvintes, não fizera a palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto e nenhum efeito, não é por parte dos ouvintes. Provo. Os ouvintes, ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito. No Evangelho o temos. O trigo que caiu nos espinhos nasceu, mas afogaram-no. O trigo que caiu nas pedras, nasceu também, mas secou-se. O trigo que caiu na terra boa nasceu e frutificou com grande multiplicação.

De maneira que o trigo que caiu na boa terra, nasceu e frutificou; o trigo que caiu na má terra, não frutificou, mas nasceu; porque a palavra de Deus é tão fecunda, que nos bons faz muito fruto e é tão eficaz que nos maus, ainda que não faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos, não frutificou, mas nasceu até nos espinhos; lançada nas pedras, não frutificou, mas nasceu até nas pedras. Os piores ouvintes que há na Igreja de Deus, são as pedras e os espinhos. E por quê? – Os espinhos por agudos, as pedras por duras. Ouvintes de entendimentos agudos e ouvintes de vontades endurecidas são os piores que há.

Os ouvintes de entendimentos agudos são maus ouvintes, porque vêm só a ouvir subtilezas, a esperar galantarias, a avaliar pensamentos, e às vezes também a picar a quem os não pica.O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o picaram a ele; e o mesmo sucede cá. Cuidais que o sermão vos picou a vós, e não é assim; vós sois os que picais o sermão. Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos.

Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um entendimento agudo pode ferir pelos mesmos
fios, e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quanto as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra.

Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as pedras! A vara de Moisés abrandou as pedras, e não pôde abrandar uma vontade endurecida. E com os ouvintes de entendimentos agudos e os ouvintes de vontades endurecidas serem os mais rebeldes, é tanta a força da divina palavra, que, apesar da agudeza, nasce nos espinhos, e apesar da dureza nasce nas pedras. Pudéramos arguir ao lavrador do Evangelho de não cortar os espinhos e de não arrancar as pedras antes de semear, mas de indústria deixou no campo as pedras e os espinhos, para que se visse a força do que semeava. É tanta a força da divina palavra, que, sem cortar nem despontar espinhos, nasce entre espinhos. É tanta a força da divina palavra, que, sem arrancar nem abrandar pedras, nasce nas pedras. Corações embaraçados como espinhos, corações secos e duros como pedras, ouvi a palavra de Deus e tende confiança! Tomai exemplo nessas mesmas pedras e nesses espinhos!

Esses espinhos e essas pedras agora resistem ao semeador do Céu; mas virá tempo em que essas mesmas pedras o aclamem e esses mesmos espinhos o coroem. Quando o semeador do Céu deixou o campo, saindo deste Mundo, as pedras se quebraram para lhe fazerem aclamações, e os espinhos se teceram para lhe fazerem coroa.

E se a palavra de Deus até dos espinhos e das pedras triunfa; se a palavra de Deus até nas pedras, até nos espinhos nasce; não triunfar dos alvedrios hoje a palavra de Deus, nem nascer nos corações, não é por culpa, nem por indisposição dos ouvintes. Supostas estas duas demonstrações; suposto que o fruto e efeitos da palavra de Deus não ficam, nem por parte de Deus, nem por parte dos ouvintes, segue-se por consequência clara, que fica por parte do pregador. E assim é. Sabeis, cristãos, porque não faz fruto a palavra de Deus? – Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, porque não faz fruto a palavra de Deus? – Por culpa nossa.

"Quem teme ao senhor, não teme as adversidades da vida, diz o PAPA"

ROMA, agosto de 2010 (ZENIT.org) – A verdadeira sabedoria implica em confiar no Senhor, não vivendo apenas como se a existência dependesse das realidades passageiras.

Foi o que disse Bento XVI neste domingo ao meio-dia, ao rezar o Angelus com os peregrinos reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

Ao recordar o exemplo de santos como Inácio de Loyola, Afonso Maria de Ligório, Santo Eusébio e São João Maria Vianney, o Papa disse que esses foram homens que adquiriram um “coração sábio”.

Eles acumularam “o que não se corrompe” e descartaram “o que muda ao longo do tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efêmeros. Escolhendo a Deus, possuíram tudo o que foi necessário, saboreando, a partir da vida terrena, a eternidade”.

No contexto do Evangelho deste domingo, o Papa afirmou que o ensinamento de Jesus refere-se à verdadeira sabedoria.

“Jesus adverte os ouvintes quanto aos desejos de bens terrenos, com a parábola do rico insensato, que, tendo acumulado uma grande colheita e bens, deixaria de trabalhar e consumiria seus bens divertindo-se e iludindo-se de poder postergar a morte.”

“Mas Deus lhe diz: ‘Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará o que acumulaste?’”

Na Bíblia – afirmou o Papa –, o homem insensato “é aquele que não se dá conta, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas tudo passa: tanto a juventude, como a força física, as comodidades como as funções de poder”.

“Fazer depender a própria vida de realidades assim tão passageiras é, portanto, insensatez.”

“O homem que, pelo contrário, confia no Senhor, não teme as adversidades da vida, nem sequer a inelutável realidade da morte: é o homem que adquiriu um ‘coração sábio’, como os santos”, disse o pontífice.

"Cartas de uma santinha - Parte - I"

C1 - Para Luísa Madalena.
4 de abril de 1877



"Minha querida Luisinha"

Não a conheço, mas assim mesmo amo-a muito, Paulina disse-me para escrever-lhe
estou no colo dela, pois nem sei segurar uma caneta¹ ela quer que lhe diga que sou uma
preguiçosinha, mas não é verdade pois trabalho o dia inteiro fazendo artes com minhas pobres
irmãzinhas. Enfim, sou um diabretezinho que rir sempre². Adeus minha Luisinha mando-lhe um beijão,
dê um abraço por mim na Visitação, quero dizer, na irmã Maria Aloysia e na irmã Luisa de Bonzague,
pois não conheço mais ninguém.

                                                                                           Teresa

¹ Nessa carta Terezinha tinha apenas 5 anos e não sabia escrever..kkkk!

² Confirma o que a mãe de Terezinha falava: "Quanto ao pequeno furão, não se sabe como será, é tão pequeno e estouvado, ela de uma inteligência superior à Celina, mas bem menos mansa e sobretudo de uma teimosia quase invencível..[...]..O bebê é um duende sem igual...[...]..um verdadeiro diabinho..[...]

    

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"O culto dos santos na Igreja"


"A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos porque Eu sou Santo (Lev 11, 44). " (1Pd 1, 15-16)

Os católicos prestam culto de veneração aos santos canonizados da igreja. Cabe esclarecer, que o termo veneração vem do termo grego dulia, significa - respeito, admiração. Mas o que seria canonização dos santos?

"Canonização é o reconhecimento definitivo pelo qual a Igreja declara que alguém viveu exemplamente a fé, participa da glória celeste, prescrevendo que lhe seja prestada a veneração pública. Uma pessoa não é santa porque a Igreja canoniza, mas a Igreja canoniza porque ela é santa. A igreja pelo magistério solene e universal do Papa reconhece a santidade de seus membros e filhos.

Esse respeito pelos santos, pelas pessoas que viveram o evangelho de forma exemplar é uma pedagogia que nos fortalece para que sejamos também nós santos. Mas o que é ser santo?
"Ser santo é viver o amor puor a Deus e aos irmãos... O martírio constitui o cume da santidade, porque faz do cristão um seguidor de Jesus Cristo, até o ponto de deixar entregar sua vida e deixar derramar o sangue como testemunho por ele. Santos são, enfim, todos aqueles que viveram o evangelho e se encontram na casa do Pai.

Desde os primeiros séculos os cristãos prestam culto aos santos. Desde as primeiras comunidades cristãs que se presta culto aos mártires da fé. No início bastava o reconhecimento da comunidade para se iniciar o culto de veneração, mas com o tempo a Igreja exigiu procedimento mais detalhado, e a canonização passou a ser feita pelo Papa. "Na perfeição dos santos, em primeiro lugar, os católicos adoram, louvam e bendizem a obra do criador e redentor, a expressão perfeita de sua sabedoria e vitória(Repito, para que entendam, os católicos adoram e louvam as maravilhas com que o bom Deus cumulou de derramar na vida dos santos, e assim como ele fez maravilha na vida destes, os fiéis, pedem as mesmas graças, para que possam se santificar). O culto dos santos desperta, nos que estão em estado de peregrinação, o desejo de chegaram à Jerusalém celeste, onde já se encontram os bem aventurados".

A doutrina católica diz que quando morremos, nossa alma é julgada e segue seu destino, imediatamente (Hb 9, 27), por isso aqueles que morreram na justiça e na santidade, agora estão na presença do Senhor, e por isso podem interceder por nós, até o dia da parusia de Cristo, onde os corpos mortais ressuscitarão. Assim como posso eu rezar por alguém, ou alguém rezar por mim, os santos, que estão com Deus na glória, o podem fazer também. "As testemunhas que nos precederam no Reino, especialmente as que a Igreja reconhece como "santos", participam da tradição viva da oração pelo exemplo modelar de sua vida, pela transmissão de seus escritos e por sua oração hoje. Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra. Entrando "na alegria" do Mestre, eles foram "postos sobre o muito". Sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intecerdam por nós e pelo mundo inteiro. (CIC 2683)¹

Para a maioria das doutrinas protestantes os mortos não estão ainda com Deus, eles ainda esperam o julgamento, por isso não admitem a intercessão. Os santos não cessam de orar por nós, intercedendo pelos nossos caminhos aqui, para atingirmos a perfeição. Nós vivemos na comunhão dos santos, onde a igreja celeste se mantém unida a igreja peregrina através de sua intercessão.

"Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda da Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio."

" Não choreis! Ser-vo-eis mais útil após minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida".(São Domingos, moribundo falando a seus irmãos)

"Passarei meu céu fazendo o bem na terra" (Santa Terezinha do Menino Jesus e da Santa Face)

Deus escuta seus santos filhos, como escutou Abraão no caso de Sodoma(Gn 18, 16-33), como escutou Moisés no caso das serpentes (Nm 21, 7-8), como Deus escutou a voz de um homem, pela voz desse homem o Senhor fez o sol e a lua pararem, e Deus obedeceu a voz de um homem (Jos 10, 12-14). O senhor escuta seus filhos, por isso, em obediência a santa Igreja, que possui as chaves do céu, devemos venerar os santos canonizados, e rezar pedindo intercessão.

Deus é o único que se deve adorar, mas podemos sim venerar os santos, exemplo de vida que devemos seguir, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens ( I Tm 4,5), mas os santos fazem parte do nosso plano de salvação, intercedem por nós, e com seu exemplo, animam nossa caminhada rumo ao céu.

¹CIC = Catecismo da Igreja Católica
*Publicações da CNBB-subsídio, Sou católico, Vivo minha fé, nº 02, págs 102-104.