Teus passos infantis eu sigo em meu fadário, vivendo aqui em teus braços, pensando em suavizar, na estrada do calvário, os Teus últimos passos!...Pequena Via e Santidade!

-Santa Terezinha-

sábado, 16 de outubro de 2010

"Mortificações"

Que tipos de mortificação são necessários para podermos ser “almas de oração”? Penso que podem resumir-se, mas irei colocar algumas mais necessárias, que fazendo esses, o resto irão conseguir fazer.

1º) A mortificação externa, a da ordem e pontualidade na oração. Já vimos, em outras meditações, como é importante ter uma hora e um lugar fixos para a oração (meditação, terço, etc.), e observá-los, mesmo que não tenhamos vontade nem facilidade (só deixá-los se há “impossibilidade”).
«É preciso vencer – diz São Josemaria – a poltronaria, o falso critério de que a oração pode esperar. Não adiemos nunca essa fonte de graças para amanhã. O tempo oportuno é agora».

2º) A mortificação física da gula. Não faça essa cara de estranheza. Sim, gula e oração têm muito a ver, como ensinavam os cristãos dos primeiros séculos. Comer demais, além de fazer mal ao corpo, enfraquece a alma e a torna “pesada”. No século V, o abade João Cassiano, grande mestre da oração, escrevia: «O primeiro combate que devemos empreender é contra o espírito de gula. A abstinência corporal não tem outra razão de ser senão conduzir-nos à pureza do coração».
Doze séculos mais tarde, o famoso padre Manuel Bernardes perguntava: «Sendo certo que o primeiro passo da vida espiritual é sair-se da cozinha e despensa, que progressos espirituais suporemos ter feito quem tiver o coração na cozinha e despensa?».

3º) A mortificação da imaginação. Já nos referimos a ela ao tratar do recolhimento interior. Não podemos ter a imaginação à solta, ao longo do dia. Dizem que Santa Teresa de Ávila a chamava a “louca da casa”, o que é uma grande verdade; quem não se acostuma a mortificar devaneios à toa, filminhos mentais sem substância, depois, quando chega a hora da oração, sofre o bombardeio das distrações: a imaginação solta as suas “bombas de fumaça” e não nos deixa fixar a mente e o coração em Deus.

4º) A mortificação que purifica. São Josemaria compara a nossa alma a um «pássaro que ainda tem as asas empastadas de lama», e comenta que são necessários «muito calor do Céu [graça de Deus] e esforços pessoais pequenos e constantes [mortificações], para arrancar esse barro pegajoso das asas» (Caminho, n.991).
Purificam-nos as mortificações que vão vencendo, pouco a pouco, a lama dos defeitos: a sensualidade, a impaciência, a preguiça, a vontade de ficar mais tempo na cama, a desordem, o mau humor, a passividade perante os problemas dos outros… «Urge que os cristãos – diz o mesmo santo – se convençam desta realidade: não caminhamos junto do Senhor quando não sabemos privar-nos espontaneamente de tantas coisas que o capricho, a vaidade, a vida cômoda, o interesse nos reclamam».
E também as mortificações (e os sofrimentos), que oferecemos a Deus como penitência, para purificar e reparar os nossos pecados: mais um tempo de oração de joelhos, um pequeno jejum, a visita a uma igreja em dia de semana…; e as dores e doenças físicas, os padecimentos morais, as frustrações que nos fazem sofrer, etc. “Tudo isso para ti, Senhor, unido à tua Cruz, para purificar a minha alma pecadora”.

5º) Finalmente, as mortificações necessárias para cumprir a Vontade de Deus. A própria oração nos faz ver, quase sempre, o que Deus quer de nós (voltaremos a esse assunto em outra meditação). Para dizer-lhe “sim”, teremos que dizer “não” a algum gosto, plano ou prazer pessoal. Por exemplo, para não deixar de ir à Missa aos domingos. Ou para participar de um apostolado ou de um trabalho social em favor dos necessitados. Ou para ficar em casa à disposição dos que precisam do nosso serviço. São coisas que Deus nos pede. As mortificações que elas exigem são as pontes por onde passa o amor. Do outro lado da ponte da mortificação, feita com amor a Deus e ao próximo, estão os braços e o coração aberto de Cristo Jesus. E, com ele, está a alegria.

(Fonte: http://www.padrefaus.org/?p=669)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Como é uma educação liturgicamente cristã?"


Chama-se Liturgia o culto oficial da Igreja nos seus ritos, nas suas fórmulas, nos seus cânticos. Tem um sentido litúrgico quem compreende este culto e quer tomar parte nele. Importa muitíssimo orientar, bem cedo, as crianças nas formas de devoção seguidas pela Igreja. Numa palavra, é necessário educá-las para a compreensão e participação litúrgica.

Note-se a mãe uma verdade: há na alma infantil um eco para as cerimônias e devoções litúrgicas. Cuide de aproveitá-lo sabiamente. Aqui terá a leitora umas normas largamente traçadas.

A primeira inicação - Um dia o nenêzinho descobre no seu quarto o Crucificado. A mãe lhe disse: É Jesus, filhinho! Ele o repete. Passa depois a lhe dar bom-dia e boa-noite, a lhe atirar beijinhos. Mais tarde o ensina a dizer: perdão, Jesus; não faço mais, quando fez artes, foi manhoso, etc. Vem o sinal da cruz, vem a Mãe do Céu. É bom que a criança veja a mamãe rezando, toda série. Essa seriedade a impressiona, arrasta-a à imitação.

O Natal com o presépio - Não sefala à criança nessa coisa tola e inexpressiva de Papai Noel. Fale-se-lhe singelamente: "Filho, amanhã é aniversário do nascimento do Menino Deus; foi nesse dia que ele veio ao mundo para trazer alegria para todos". Os presentes sejam motivados por essa alegria. Nós temos o presépio tão instrutivo e atraente para a criança. Para que substituí-lo por uma árvore toda cheia de luzes e presentes, mas sem a poesia dos pastores e carneirinhos, da gruta e de seu boizinho, ao lado da caminha tão pobre do Menino Deus? Como tudo isso enche a alma infantil de poesia e encanto! Aos pés do recém-nascido irá a criança depor seus brinquedos, como presentes ao Menino Deus. Este, por sua vez, mandará a mãe devolvê-los à criança. Já o coração infantil se abriu para o desprendimento.

Enquanto está erguido o presépio, continuam as lições que a mãe dá ao filhinho, contando-lhe a história do nascimento de Jesus, a visita dos pastores, da chegada dos Reis Magos, etc. Depois desarma-se o presépio e eis chegado, dentro de poucas semanas, o

Tempo da Quaresma - A criança vai tomar cinza, já ensinada pela mãe do que se trata. Durante a quaresma ela ouvirá a hstória da paixão de Nosso Senhor, será exercitada em fazer suas pequenas renúncias. Sobretudo a mãe tratará de despertar na alma infantil uma viva compaixão perante os sofrimentos do Salvador. Um domingo - o de ramos - marca o começo de uma semana mais séria, mais quieta, toda cheia de visitas à igreja, de comunhões, de acompanhamento de procissões. Quantos dias cheios de aulas práticas para o coração da criança!

Na igreja, a mãe lhe explica o que significa o altar, a lâmpada, a pia de batismo, o púlpito, o confessionário. Diz-lhe por que o vigário se veste diferente dos outros quando celebra a Santa Missa ...

Tempo de Pentecostes e Advento - Vem aí a missão do Espírito Santo, dando ensejo de preparar a criança para o sacramento da crisma. Aparecem as festas de Nossa Senhora, cada uma trazendo o colorido de um fato de sua vida. Passam as festas dos apóstolos - dos chefes da Igreja - favorecendo lições de amor ao sucessor dos apóstolos, ao Papa, em Roma.

Quanta oportunidade para uma mãe esclarecida ir ensinando e formando a alma do filhinho ou do filho já crescido e irriquieto! Quanta razão para dele exigir sacrifícios, pureza e fé!

Os quadros dos santos, as cenas dos Livros Santos são verdadeiros tesouros para a cristã que quer formar um cristão. A criança aprecia tanto as figuras; quer saber de todas as minúcias do quadro e deve receber resposta.

(Blog Educação Cristã e Família, As três chamas do Lar, Pe. Geraldo Pires de Souza, pp.232-4)



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Marie Françoise Thérèse Martin - Thérèse de l'Enfant Jesus et de Sainte Face"

"Passarei meu céu, fazendo o bem na terra"

"Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!" "Agora compreendo que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se admirar de suas fraquezas, em edificar-se com os mínimos atos de virtude que se lhes veja praticar; antes de tudo aprendi que a caridade não deve ficar estanque no fundo do coração"

Te amo, Terezinha!