Teus passos infantis eu sigo em meu fadário, vivendo aqui em teus braços, pensando em suavizar, na estrada do calvário, os Teus últimos passos!...Pequena Via e Santidade!

-Santa Terezinha-

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bem-aventurados os que choram - parte I


Sim, disse Eu: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados, e no meu reino serão suas lágrimas enxugadas por meus divinos favores. Chorar, minha filha, é próprio de um coração que sofre. Criaturas há que choram quando se vêem na mendicidade, outras quando se vêem privadas de um afeto, outras quando a desgraça lhes bate á porta, pela morte de um ente querido ou pela perde de uma fortuna!...Mas Eu disse: Bem-aventurados os que choram quando vêem os meus interesses em perigo!

Bem-aventurados os que choram quando a desolação, que é o pecado, se alastra pelo mundo!
Ah! minha filha, quão poucas são as almas que choram, vendo a heresia e o erro se infiltrarem nos corações!...Quão poucos são os corações que comigo choram a perda de tantas almas!...
Ah! a perda de uma alma é um mal irreparável! Se os que se dizem meus amigos compreendessem o valor de uma alma, ah! como chorariam!...Se meus amigos compreendessem a desolação que causa ao meu coração o pecado, como se compadeceriam destas almas e como iriam atrás delas para me dar prazer, proporcionando-lhes uma felicidade eterna!...As almas nobres compreenderam todos estes estragos e procuraram repará-los com sua dedicação, fazendo para isso tudo que lhes estava ao proprio alcance. Comigo choravam, aos pés de meu Sacrário vinham chorar as desditas desses corações engolfados no pecado. Quantas vezes, minha filha, fui obrigado a dizer: Basta!...E agora onde há desses corações?

Quem se compadece quando vêem o inimigo me roubar uma alma que me pertence? Ah! examinai-vos, se sentis e se vos causa uma grande dor quando ouvis um homem blasfemar. Ah! se tal não acontecer, é porque vosso amor por mim ainda é muito diminuto! Examinai-vos, se nada sentis quando ouvirdes dizer que um homem morreu impenitente de minha glória!...Ah! como o mundo se acha na languidez!....

(O bom combate na alma generosa, pág. 10)