Teus passos infantis eu sigo em meu fadário, vivendo aqui em teus braços, pensando em suavizar, na estrada do calvário, os Teus últimos passos!...Pequena Via e Santidade!

-Santa Terezinha-

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O dom da Cruz

Sim, só as almas amantes é que sobem a rua da amargura! Só as almas amantes lhes é dado carregar a cruz! Ó cruz bendita, preciosissímo tesouro escondido, debaixo de aparências bruscas, encerras tantas doçuras! Ó cruz quando fostes carregadas pelos ombros de teu Criador, não sabias tu que ias servir de instrumento para que as portas do céu se abrissem! E vós, almas as quais é dado o dom precioso de carregar a cruz pesada de cada medo e pavor, pondes em nossos ombros a cruz! Ah! Se conhecesseis o dom da cruz, e de como outrora serviu ao Divino Mestre de instrumento, para nela executar a mais portentosa obra a "santificação própria". Ah! qual a obra mais importante de uma alma? Sim, a obra mais importante é a santificação própria. A cruz, alma querida, é esse baluarte preciosíssimo que te defende dos inimigos carnais, pois o sofrimento, subjuga e te faz conhecer o teu nada! A cruz, destrona o império infernal. Filhos do pecado, sujeitos como estamos as misérias humanas, a cruz nos eleva, pois ela abate nosso amor próprio, fazendo-nos compreender que, para entrar em uma mansão celestial, é necessário sofrer! Os maus também sofrem, mas seus sofrimentos ficam neutros, porque eles sofrem sem a conformidade do Divino Crucificado. E porque é necessário sofrer? Ah! por causa de nossos pecados! O Divino Crucificado nos abriu as portas do Paraiso, entretanto, precisamos completar em nós a Paixão do Salvador, se quisermos ter entrada no Paraíso. Ó Cruz bendita, eu te saúdo, sê o sol nas minhas trevas!
 
 
 
(O bom combate na alma generosa, p. 16)
 
 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bem-aventurados os que choram - parte I


Sim, disse Eu: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados, e no meu reino serão suas lágrimas enxugadas por meus divinos favores. Chorar, minha filha, é próprio de um coração que sofre. Criaturas há que choram quando se vêem na mendicidade, outras quando se vêem privadas de um afeto, outras quando a desgraça lhes bate á porta, pela morte de um ente querido ou pela perde de uma fortuna!...Mas Eu disse: Bem-aventurados os que choram quando vêem os meus interesses em perigo!

Bem-aventurados os que choram quando a desolação, que é o pecado, se alastra pelo mundo!
Ah! minha filha, quão poucas são as almas que choram, vendo a heresia e o erro se infiltrarem nos corações!...Quão poucos são os corações que comigo choram a perda de tantas almas!...
Ah! a perda de uma alma é um mal irreparável! Se os que se dizem meus amigos compreendessem o valor de uma alma, ah! como chorariam!...Se meus amigos compreendessem a desolação que causa ao meu coração o pecado, como se compadeceriam destas almas e como iriam atrás delas para me dar prazer, proporcionando-lhes uma felicidade eterna!...As almas nobres compreenderam todos estes estragos e procuraram repará-los com sua dedicação, fazendo para isso tudo que lhes estava ao proprio alcance. Comigo choravam, aos pés de meu Sacrário vinham chorar as desditas desses corações engolfados no pecado. Quantas vezes, minha filha, fui obrigado a dizer: Basta!...E agora onde há desses corações?

Quem se compadece quando vêem o inimigo me roubar uma alma que me pertence? Ah! examinai-vos, se sentis e se vos causa uma grande dor quando ouvis um homem blasfemar. Ah! se tal não acontecer, é porque vosso amor por mim ainda é muito diminuto! Examinai-vos, se nada sentis quando ouvirdes dizer que um homem morreu impenitente de minha glória!...Ah! como o mundo se acha na languidez!....

(O bom combate na alma generosa, pág. 10)

terça-feira, 20 de março de 2012

Do santíssimo milagre que fez S. Francisco, quando converteu o ferocíssimo lobo de Gúbio



Os Fiorettis de São Francisco - Parte I

No tempo em que S. Francisco morava na cidade de Gúbio apareceu no condado de Gúbio um lobo grandíssimo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos os citadinos estavam tomados de grande medo, porque freqüentes vezes ele se aproximava da cidade; e todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate; contudo quem sozinho o encontrasse não se poderia defender. E o medo desse lobo chegou a tanto que ninguém tinha coragem de sair da cidade.
Pelo que S. Francisco, tendo compaixão dos homens do lugar, quis sair ao encontro do lobo, se bem que os citadinos de todo não o aconselhassem: e fazendo o sinal da santa cruz, saiu. da cidade com os seus companheiros, pondo toda a sua confiança em Deus. E temendo os outros ir mais longe, S. Francisco tomou o caminho que levava ao lugar onde estava o lobo. E eis que, vendo muitos citadinos, os quais tinham vindo para ver aquele milagre, o dito lobo foi ao encontro de S. Francisco com a boca aberta: e chegando-se a ele S. Francisco fez o sinalda- cruz e o chamou a si, e disse-lhe assim: "Vem cá, irmão lobo, ordeno-te da parte de Cristo que não faças mal nem a mim nem a ninguém".
Coisa admirável! Imediatamente após S. Francisco ter feito a cruz, o lobo terrível fechou a boca e cessou de correr; e dada a ordem, vem mansamente como um cordeiro e se lança aos pés de S. Francisco como morto.
Então S. Francisco lhe falou assim: "Irmão lobo, tu fazes muitos danos nesta terra, e grandes malefícios, destruindo e matando as criaturas de Deus sem sua licença; e não somente mataste e devoraste os animais, mas tiveste o ânimo de matar os homens feitos à imagem de Deus; pela qual coisa és digno da forca, como ladrão e homicida péssimo: e toda a gente grita e murmura contra ti, e toda esta terra te é inimiga. Mas eu quero, irmão lobo, fazer a paz entre ti e eles; de modo que tu não mais os ofenderás e eles te perdoarão todas as passadas ofensas, e nem homens nem cães te perseguirão mais".
Ditas estas palavras, o lobo, com o movimento do corpo e da cauda e das orelhas e com inclinação de cabeça, mostrava de aceitar o que S. Francisco dizia e de o querer observar. Então S. Francisco disse: "Irmão lobo, desde que é de teu agrado fazer e conservar esta paz, prometo te dar continuamente o alimento enquanto viveres, pelos homens desta terra, para que não sofras fome; porque sei bem que pela fome é que fizeste tanto mal.
Mas, por te conceder esta grande graça, quero, irmão lobo, que me prometas não lesar mais a nenhum homem, nem a nenhum animal: prometes-me isto?" E o lobo, inclinando a cabeça, fez evidente sinal de que o prometia. E S. Francisco disse: "Irmão lobo, quero que me dês prova desta promessa, a fim de que possa bem confiar».
E estendendo S. Francisco a mão para receber o juramento, o lobo levantou o pé direito da frente, e domesticamente o pôs sobre a mão de S. Francisco, dando-lhe o sinal como podia. E então disse S. Francisco: "Irmão lobo, eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que venhas agora 30 migo sem duvidar de nada, e vamos concluir esta paz em nome de Deus".
E o lobo obediente foi com ele, a modo de um cordeiro manso; pelo que os citadinos, vendo isto, muito se maravilharam. E subitamente esta novidade se soube em toda a cidade; pelo que toda a gente, homens e mulheres, grandes e pequenos, jovens e velhos, vieram à praça para ver o lobo com S. Francisco. E estando bem reunido todo o povo, S. Francisco se pôs em pé e pregou-lhe dizendo, entre outras coisas, como pelos pecados Deus permite tais pestilências; e que muito mais perigosa é a chama do inferno, a qual tem de durar eternamente para os danados, do que a raiva do lobo, o qual só pode matar o corpo; quanto mais é de temer a boca do inferno, quando uma tal multidão tem medo e terror da boca de um pequeno animal! "Voltai, pois, caríssimos, a Deus, e fazei digna penitência dos vossos pecados, e Deus vos livrará do lobo no tempo presente, e no futuro do fogo infernal". E acabada a prédica, disse S. Francisco: "Ouvi, irmãos meus; o irmão lobo, que está aqui diante de vós, prometeu-me e prestou-me juramento de fazer as pazes convosco e de não vos ofender mais em coisa alguma, se lhe prometerdes de dar-lhe cada dia o alimento necessário; e eu sirvo de fiador dele de que firmemente observará o pacto de paz".
Então todo o povo a uma voz prometeu nutri-lo continuadamente. E S. Francisco diante de todos disse ao lobo: "E tu, irmão lobo, prometes observar com estes o pacto de paz, e que não ofenderás nem aos homens nem aos animais nem a criatura nenhuma?" E o lobo ajoelha-se e inclina a cabeça, e com movimentos mansos de corpo e de cauda e de orelhas demonstra, quanto possível, querer observar todo o pacto.
Disse S. Francisco: "Irmão lobo, quero, do mesmo modo que me prestaste juramento desta promessa, fora de porias, também diante de todo o povo me dês segurança de tua promessa, e que não me enganarás sobre a caução que prestei por ti". Então o lobo, levantando a pata direita, colocou-a na mão de S. Francisco. Pelo que, depois deste fato, e de outros acima narrados, houve tanta alegria e admiração em todo o povo, tanto pela devoção do santo, e tanto pela novidade do milagre e tanto pela pacificação do lobo, que todos começaram a clamar para o céu, louvando e bendizendo a Deus, o qual lhes havia mandado S. Francisco, que por seus méritos os havia livrado da boca da besta cruel.
E depois o dito lobo viveu dois anos em Gúbio; e entrava domesticamente pelas casas de porta em porta, sem fazer mal a ninguém, e sem que ninguém lho fizesse; e foi nutrido cortesmente pela gente; e andando assim pela cidade e pelas casas, jamais nenhum cão ladrava atrás dele. Finalmente, depois de dois anos o irmão lobo morreu de velhice: pelo que os citadinos tiveram grande pesar, porque, vendo-o andar assim mansamente pela cidade, se lembravam melhor da virtude e da santidade de S. Francisco.

Em louvor de Cristo. Amém.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Alma, buscar-te-ás em mim"

 
"De quem é esta imagem?"
Alma, busca-te em Mim
E a Mim busca-me em ti.
 
Tão fielmente pôde o Amor
Alma, em Mim, te retratar
Que nenhum sábio pintor
Tua imagem figurar.


Foste, por amor, criada
Formosa, bela e assim
Dentro do Meu ser pintada.
Se te perderes, minha amada,
Alma, procura-te em Mim.


Porque Eu sei que te acharás
Em Meu peito retratada,
Tão ao vivo figurada
Que ao ver-te folgarás
Por te veres tão bem pintada.

E se acaso não souberes
Em que lugar Me perdi,
Não andes dali para aqui
Porque se encontrar Me quiseres
A Mim, Me acharás em ti!


Em ti, que és meu aposento
És minha casa e morada.
Aí busco, cada momento,
Em que do teu pensamento
Encontro a porta fechada.


Só em ti há que buscar-Me,
Que de ti nunca fugi;
Nada mais do que chamar-Me
E logo irei, sem tardar-Me,
E a Mim, me acharás, em ti!


(Poesias, nº 8 - Sta Teresa d'Avila)

domingo, 8 de janeiro de 2012

"A Salvação é o negócio mais importante e o mais descuidado"


Por Santo Afonso Maria de Ligório.

Quam dabit homo commnitationem pro anima sua?
“Que dará o homem em troca da sua alma?”
(MT.16,26.)

Coisa estranha! Ninguem quer passar por negligente nos negocios do mundo, e muito não tem pejo de descuidar o negocio da eternidade, o mais importante de todos. Muitos fazem até tudo para perderem a alma, e a maior parte dos cristãos vivem como se as verdades eternas fossem outras tantas fabulas. Nós ao menos não sejamos tão insensatos e pensemos seriamente de que nada nos serviria ganharmos o mundo inteiro, se depois viessemos a perder a nossa alma.
Perdida alma, está tudo perdido, e para sempre!
A salvação eterna é certamente o negocio que sobre todos os outros mais nos interessa, porque dele depende a nossa eterna felicidade ou desgraça. Todavia é deste negocio que os cristãos menos se ocupam. Não se poupa nenhum cuidado, nem se perde nenhum momento, para chegar a tal dignidade, ganhar tal demanda, concluir tal negocio; que de conselhos então, que de providenciais! Não se come, não se dorme. Mas depois, que se faz para assegurar a salvação eterna? Como é que se vive? Não se faz nada, ou, par amelhor dizer, faz-se tudo para a perder, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juizo, o inferno, o céu e a eternidade não fossem verdades da Fé, Mais sim fabulas inventadas pelos poetas. Que magoa não sentimos, quando se perde uma demanda, uma colheita! Quantos cuidados para reparar o prejuizo! Quando se perde um cavalo, um cão, quantas diligencias para os reaver! Perdemos a graça de Deus, e dormimos e gracejamos e rimos! – Coisa estranha! Cada um tem pejo de passar por negligente nos negocios do mundo; e são inumeros os que não têm pejo de se descuidar do negocio da salvação, o mais importante de todos! Confessão que os Santos fôram verdadeiros sábios, porque só trabalharam para se salvarem, e eles mesmos ocupam-se de todas as coias do mundo com exceção da sua propria alma! Mas vós, diz são Paulo, ao menos vós, meus irmãos, aplicai-vos ao grande negocio da vossa salvação eterna, que é o negocio que mais vos interessa: Rogamus vos, ut vestrum negotium agatis. “Por quanto”, exclama Jesus Cristo, “de que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma? ou que dará o homem em troca de sua alma? ” Perdida a alma está tudo perdido, e perdido para sempre.
Persuadamo-nos de que a salvação eterna é para nós o negocio mais importante, por ser irreparavel se não o realizarmos. Portanto,afim de o levarmos a feliz exito, não receiemos trabalhos nem fadigas. “O reino eterno”, diz são Bernardo, “não se da aos preguiçosos, mas aos que se houverem valorosamente no serviço de Jesus Cristo. ”

Oração
Ah! meu Deus, graças Vos dou por me achar ainda
aqui aos vossos pés e não no inferno, tantas vezes por
mim merecido. Mas de que me serviria a vida que me
concedeis, se eu continuasse a viver privado da vossa
graça? Nunca mais isto me suceda! Virei-Vos as costas
e Vos perdi, ó meu supremo Bem. Arrependo-me de
todo o coração e antes tivesse morrido mil vezes! Eu
Vos perdi; mas o Profeta me diz que sois todo bondade
e Vos deixais achar pela alma que Vos busca: Bonus est
Dominus animae quarenti illum . Se no passado tenho
fugido de Vós, ó, Rei de meu coração, agora Vos busco
e só a Vós quero buscar.
Amo-Vos, † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas
as coisas, com todo o afeto da minha alma. Aceitai-me
e não desprezeis o amor de um coração que algum tempo
Vos desprezou. Doce me facere voluntatem tuam –
“Ensinai-me a fazer a vossa vontade.” Dizei-me o que
devo fazer para vos agradar; quero fazer tudo que desejar-
des. Meus Jesus, salvai a minha alma, pela qual
destes o sangue e a vida; daí-me a graça de Vos amar
sempre nesta vida e na outra.
Espero tudo pelos vossos merecimentos. Confio
tambem em vossa intercerssão, ó grande Mãe de Deus
e minha Mãe, Maria Santíssima. Amém.

Fonte: Repórter de Cristo.

"Que tipo de homens eram os reis magos?"

A homilia de Bento XVI na Solenidade da Epifania

A Epifania é uma festa da luz. «Ergue-te, Jerusalém, e sê iluminada, que a tua luz desponta e a glória do Senhor está sobre ti» (Is 60, 1). Com estas palavras do profeta Isaías, a Igreja descreve o conteúdo da festa. Sim, veio ao mundo Aquele que é a Luz verdadeira, Aquele que faz com que os homens sejam luz. Dá-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (cf. Jo 1, 9.12). Para a liturgia, o caminho dos Magos do Oriente é só o início de uma grande procissão que continua ao longo da história inteira. Com estes homens, tem início a peregrinação da humanidade rumo a Jesus Cristo: rumo àquele Deus que nasceu num estábulo, que morreu na cruz e, Ressuscitado, permanece connosco todos os dias até ao fim do mundo (cf. Mt 28, 20). A Igreja lê a narração do Evangelho de Mateus juntamente com a visão do profeta Isaías, que escutámos na primeira leitura: o caminho destes homens é só o início. Antes, tinham vindo os pastores – almas simples que habitavam mais perto de Deus feito menino, podendo mais facilmente «ir até lá» (cf. Lc 2, 15) ter com Ele e reconhecê-Lo como Senhor. Mas agora vêm também os sábios deste mundo. Vêm grandes e pequenos, reis e servos, homens de todas as culturas e de todos os povos. Os homens do Oriente são os primeiros, seguidos de muitos outros ao longo dos séculos. Depois da grande visão de Isaías, a leitura tirada da Carta aos Efésios exprime, de modo sóbrio e simples, a mesma ideia: os gentios partilham da mesma herança (cf. 3, 6). Eis como o formulara o Salmo 2: «Eu te darei as nações por herança, e os confins da terra para teu domínio» (v. 8). [...]

Para ler a continuação da homilia do Papa Bento XVI da Solenidade da Epifania eis o link para a leitura! Tenha uma boa e santa leitura!


Fonte: Zenit.


sábado, 7 de janeiro de 2012

O Namoro - Parte III

 
Os dez mandamentos do namoro

Achando útil concretizar os meios que indicam o bom caminho para um feliz matrimônio, segundo os Mandamentos de Deus, damos aos nossos queridos jovens os seguintes dez mandamentos do namoro:

1) Não pense no namoro antes de chegar à idade e às condições correspondentes ao casamento; e, chegando, o namoro, ou noivado, devem ser breve não passando mais de que uns meses.

2) No caso de namoro, noivado e mesmo casamento, não considere beleza nem riqueza nem se deixe levar pelo gosto, paixão ou outra aparência. Isto é grande erro que poderá conduzir ao fracasso. Deve-se considerar, muito mais a beleza da alma, o caráter, a virtude e outras boas qualidades de espírito.

3) Cuidado e, muito cuidado em dar confiança, liberdade ou intimidade durante o namoro e mesmo o noivado. Nesta época, a reserva é de suma importância mas sempre acompanhada de bondade e cortesia devendo respeitar-se como amigos ou verdadeiros irmãos.

4) Não confie em si mesmo na questão de namoro e casamento, nem se deixe levar pelas inclinações. Deve neste caso consultar e seguir a orientação dos maiores, como pais, relações de confiança, especialmente deve confiar seu empreendimento a um sacerdote, diretor espiritual.

Todas estas são medidas que podem ajudá-lo para o êxito da vida futura.

5) Os namorados devem considerar, que o namoro deve ser um meio santo para um fim santo, que é o casamento. Para o êxito de ambos, devem saber que o casamento não é para satisfazer um prazer. O matrimônio é uma missão de responsabilidade grave diante de Deus, da sociedade e da própria consciência.

6) Deve saber que um namoro mole, livre e sensual será difícil de chegar a um casamento agradável e feliz. Este tal namoro, em caso de conduzir a um casamento, será acompanhado pela discórdia pela desconfiança e pelo desgosto e acabará pelo desquite e separação.

7) Para a nobreza e retidão do namoro convém pensar também que o casamento é um Sacramento sagrado, instituído por Deus, para a multiplicação, conservação e santificação da família e da raça humana.

Cada demasiada confiança neste sentido, cada liberdade desordenada, cada pensameno desviado é pecado grave, desmancha a pureza do casamento e priva da bênção de Deus, que é a própria felicidade.

8) Não se deixe enganar pelo exemplo do namoro da sociedade moderna. Esta atitude de namoro é um grande erro condenado por Deus, pela sociedade ciente, e pela razão sã e acabará mal. É um desvio da Moral que está degenerando a personalidade humana.

9) No ideal de escolher cônjuge, tenha bem presente certas igualdades, semelhanças e aproximações, como: caráter, gênio, cultura, origem, religião, cor, idade, físico, estatura, e outras qualidades. Estas condições são grandes fatores para a harmonia e paz da vida conjugal futura.

10) Os jovens, ao empreenderem os primeiros passos do namoro, devem ter um ideal elevado, nobre e sobrenatural; e ao chegarem a vida conjugal, devem seguir também santificando-se por uma conduta virtuosa e piedosa, servindo desta vida como meio para a vida eterna. Devem pensar sempre na felicidade eterna do Céu, muito mais que na felicidade fugaz da terra.

Felizes as moças e os rapazes que seguem os conselhos deste livrinho e as verdades destes dez mandamentos!

Namoro - Grito de Alarme - Pe. Elias Maria Gorayeb