[...] Mas sua alma comunga sem cessar. Em Deus e em toda a Igreja. Mártir no seu corpo e na sua alma pela provação interior que a atenaza, Teresa vive seu martírio de amor. Olha muitas vezes para o Crucificado: "A mais bela morte de amor", diz ela...
Na sua Oferenda, ela pediu: "Que eu me torne mártir do vosso Amor, ó meu Deus". Ela dá testemunho: "Bem frequentemente, quando posso, repito meu oferecimento ao Amor". Cada batimento de seu coração quer ser um ato de amor. "Tudo o que faço, os movimentos, os olhares, tudo, desde minha oferta, é por amor."
A tuberculose prossegue sua obra de destruição. A gente se pergunta como Teresa pôde continuar viva. A gente a lamenta: "É horrível"! "Não!", responde ela, "não é horrível. Uma pequena vítima de amor não pode achar horroroso o que seu Esposo lhe envia por amor". Era 25 de setembro.
Ela resistirá ainda cinco longas noites e cinco longos dias. Em 30 de semtembro de 1897 ela vê seu último dia. Escutemos suas palavras após o meio-dia assim como madre Inês pôde registrá-las.
"Sim, parece-me que nunca busquei senão a verdade; sim, compreendi a humildade de coração...Parece-me que sou humilde."
"Tudo o que escrevi sobre meus desejos do sofrimento, oh! é o entanto bem verdadeiro!"
"Não me arrependo de ter-me entregue ao Amor. Oh! não, não me arrependo, pelo contrário!"
"Nunca teria acreditado que fosse possível sofrer tanto! nunca! nunca! Não posso explicar isso a não ser pelos desejos ardentes que tive de salvar almas."
"Madre! Não é ainda a agonia? Não quero morrer? Oh! não gostaria de sofrer tanto..."
Alguns minutos depois das sete horas da tarde, olhando para seu crucifixo, ela pronuncia suas últimas palavras:
"Oh! eu o amo... Meu Deus....eu vos amo!"
JMJT
Trechos tirados do livro "História de uma alma, por Conrad De Meester"
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